O homem da Idade da Pedra no mundo contemporâneo
Entenda por que existe tanta violência e saiba como livrar-se dela
Incomodado com o outro, que havia acabado de aparecer por ali, ele olhou ameaçadoramente. Embora houvesse espaço na praia suficiente para todos, o primeiro a chegar se considerava o dono do território.
Já o novato, que acreditava ter mais direito de mandar no espaço, talvez por ser mais forte, talvez por querer muito estar ali, não abriu da briga. Vendo-se em igualdade de condições, partiu para cima do ameaçador sem ver que junto a ele outros se agrupavam. Todos ali recolheram pedras, paus e até pedaços de ossos para usarem como armas. O resultado dessa briga foi a morte brutal do “invasor” e a predominância do grupo mais forte sobre o outro.
Esse é o relato de como os homens se comportavam na chamada “Idade da Pedra”. Atacavam, sozinhos ou em grupo, aqueles que ameaçavam, mesmo que ligeiramente, sua integridade física e moral. Centenas de milhares de anos depois, entretanto, a cena descrita ainda é corriqueira.
O que dizer sobre o adolescente de 16 anos de idade que foi perseguido e morto no dia 11 de maio a pedradas no Mato Grosso do Sul por um grupo de sete pessoas? Ele tentou fugir, mas o grupo, que contava inclusive com uma ciclista, o encurralou em um beco e arrancou a vida do garoto.Crime motivado por suposto abuso sexual a uma adolescente de 17 anos de idade.
O que se pode falar da garota de 13 anos que, no Paraná, também foi morta a pedradas, dessa vez por duas adolescentes de 15 e 18 anos, que a acusaram de se relacionar com o namorado de uma delas?
Embora o mundo tenha se ampliado e transformado em todo esse tempo, muitas pessoas ainda agem como se fossem animais selvagens. Esquecem-se da descoberta e da evolução do diálogo e se jogam em lutas corporais buscando extinguir o outro e pondo em risco a sua própria para provar pontos que nunca valem uma vida. Enquanto a Ciência avança, o comportamento regride, causando mais de 400 mil homicídios em um único ano.
Vingando-se do mundo
O alarmante número de 437 mil homicídios em um ano (2012) foi divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Mais assustador ainda é saber que 50.108 mil desses crimes foram cometidos no Brasil. As pessoas saem de casa sem saber se vão morrer. Alguns sem saber se vão matar.
Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas no final do ano passado revelou que cerca de 70% da população brasileira não acredita na polícia. Assim também é em relação à Justiça em geral. Dados preliminares de sondagem do Núcleo de Pesquisa em Políticas Públicas da Universidade de São Paulo (NUPPs), feito em março deste ano, mostram que 70,5% dos brasileiros não confiam nas leis e 76,3%, não confiam no Congresso.
A aparente impunidade não justifica o crime, mas explica em parte a agressividade da sociedade atual. A visível falta de justiça soma-se ao estresse do cotidiano, que é motivado desde o aumento no preço do tomate até a dificuldade em conseguir um bom emprego, passando por condições ruins de saúde, educação, mobilidade etc.
Muitas pessoas não conseguem lidar com toda essa pressão e, em algum momento, explodem. Não conseguir lidar com as emoções faz os homens agirem como agiam há milhares de anos. Na incapacidade de resolver civilizadamente, parte-se para a agressão física, que já funcionou com os antepassados.
Mudança de comportamento
Flávio Oliveira já foi uma dessas pessoas incontroláveis. Acreditava que socos e pontapés eram resposta para os problemas. E, para piorar a situação, a principal vítima dele era a própria esposa. Frequentemente ela era agredida, verbal e fisicamente. Certa vez, chegou a ser torturada com o ferro quente de passar roupas.“Meu esposo era extremamente nervoso, ciumento, descontrolado. Ele não tinha limites”, conta a moça, que tantas vezes foi espancada.
Quando o Senhor Jesus evangelizou no Oriente Médio, há cerca de dois mil anos, trouxe ao mundo uma forma nova de lidar com o próximo. A ideia de perdoar as ofensas e ser humilde a ponto de reconhecer seus erros ganhou força.
“Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra”, disse Ele. “Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.” (Mateus 5.5-7)
Infelizmente, nem todos conseguem seguir essas orientações. Os que seguem têm a paz e a obrigação de apresentar esse modo de vida a quem não o conhece. A mãe e a esposa de Flávio o levaram até a Universal, onde ele, com muita força de vontade, pôde mudar seu comportamento e se livrou de entrar para as estatísticas de homicídios.
“Eu estava jurado de morte. Minha libertação não foi fácil. Comecei a frequentar assiduamente as reuniões e participei de todos os propósitos. Foi quando descobri a força que havia dentro de mim. Deste dia para cá, me tornei outra pessoa”, afirma Flávio.
Certamente o caminho apresentado por Deus há tanto tempo ainda é o melhor. Como Ele garantiu: “Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus”. (Mateus 5.9)
Nesta peça retrata claramente a ação dos espíritos das trevas na vida das pessoas, quando ela se deixa dominar.
Pelos vícios , magoas ,cobiça, ambição. Esta pessoa fica pressa sendo dominada completamente pelo mal deixando a pessoa cega em todos os sentidos da sua vida. Mas quando ele lembra que existe JESUS CRISTO e procura força nele para ser liberto. Então JESUS CRISTO
Vem para nos curar, libertar e salvar. E pelo seu infinito amor e misericórdia nos resgatam totalmente das mãos do mal.
Esta peça foi apresentada especialmente para as famílias dos internos da Fundação Casa de São Paulo.
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