Um cálice de vinho realmente faz bem à saúde?
Mesmo com moderação, o consumo da bebida pode prejudicar o coração e o cérebro
Segunda-feira é dia de beber para esquecer que a semana está começando. Na terça-feira, você tem uma festa. Então, um drinque para socializar não fará mal a ninguém. O mesmo pensamento se repete dia após dia e quando finalmente chega o fim de semana a bebida está liberada. Só que de repente você não percebe que bebeu muito mais do que imaginava.
Foi seguindo essa linha de pensamento comum a muitas pessoas ao redor do mundo que cientistas da School of Hygiene and Tropical Medicine de Londres, na Inglaterra, analisaram estudos sobre o hábito de consumir álcool. Para eles, as pessoas bebem muito mais do que acreditam e esse relato que fazem da ingestão acaba prejudicando o resultado dos estudos acerca desse tema. Além disso, de acordo com os pesquisadores, o famoso pensamento popular de que um cálice de vinho por dia não faz mal a ninguém e pode até ser benéfico à saúde não passa de um boato difundido pelo mundo. “Todos os estudos que buscam comprovar isso têm limitações que podem afetar a validade da tese”, afirma Juan Casas, autor do estudo inglês que mostra o contrário: beber menos álcool reduz consideravelmente o risco de doenças cardíacas porque diminui a pressão arterial. “Mesmo que a pessoa já beba moderadamente, pode ter benefícios na saúde se ela reduzir ainda mais o consumo”, argumenta Casas.
Além disso, os estudiosos concluíram que, mesmo com moderação, o consumo de vinho e outras bebidas destiladas pode apresentar riscos à saúde coronária, ao provocar arritmia cardíaca, o que pode resultar em insuficiência cardíaca ou acidente vascular cerebral.
Mas não é apenas a saúde que é prejudicada por conta do álcool: a vida social e os laços familiares também podem ser abalados. Foi o que aconteceu com a auxiliar de limpeza Neuza Maria de Jesus, de 53 anos. Ela conta que começou a beber aos 20 anos. “Comecei com o vinho, depois parti para a cerveja e logo já queria bebidas mais fortes, como o conhaque. Quando até o conhaque já não satisfazia, comecei a beber cachaça pura. Em um dia, foram duas garrafas”, relembra.
Como Neuza, muitas pessoas começam a beber ainda jovens. Influência de amigos e a falta de conhecimento sobre os males que o vício pode trazer estão entre as principais causas.
O aposentado Jayme Alves de Menezes, de 66 anos, relata que começou a beber aos 14 anos. “Tive uma infância triste, meus pais se separaram quando eu era criança e isso me marcou muito”, recorda. “Comecei com cerveja, mas depois já bebia de tudo. Todo dia, quando me levantava, precisava tomar minha dose de pinga com limão. Se não a tomasse, meu dia não começava”, diz ele, que viu sua família passar necessidade por sua causa. “Eu vim para São Paulo para trabalhar e mandar dinheiro para eles, que estavam na Bahia. Mas gastava quase tudo em bebida e o pouco que sobrava mandava para eles”, lembra.
Como é possível acabar com esse vício tão destrutivo? Jayme e Neuza dão a mesma resposta: fé em Deus e força de vontade. “Minha esposa ligava para meus irmãos em São Paulo para saber de mim, mas eles diziam para ela esquecer, que eu até havia sido dado como morto”, conta. Só que a esposa de Jayme foi ao encontro dele e passou a levá-lo a várias reuniões de ajuda a viciados. Deu resultado. Ele garante que não quer mais saber da bebida.
Neuza já era mãe de quatro crianças e havia sofrido três derrames, mas, mesmo com a saúde debilitada, ela se emociona ao contar sobre a dificuldade que passou para se livrar do alcoolismo. “Eu brigava, batia e maltrava muito meus filhos. Então, comprei uma última garrafa de pinga e joguei tudo no ralo. Eu estava decidida a parar com aquilo”, revela ela, que já está sem beber há 20 anos. Jayme também comemora: “em março completei 22 anos sem beber uma gota de álcool”, destaca.
Batismo nas águas na Fundação Casa(ANTIGA FEBEM) SPVoluntários da IURD levam palavra de fé aos internos SÃO PAULO – O trabalho de evangelização realizado pela IURD nas unidades da Fundação Casa SP (antiga Febem) tem se intensificado nos últimos anos. Semanalmente, voluntários da IURD levam uma palavra de fé aos internos, procurando mostrar a importância de buscar a Deus. Muitos têm demonstrado arrependimento de seus erros, que como conseqüência lhes trouxe a privação da liberdade. Segundo o coordenador do trabalho no Estado de São Paulo, pastor Geraldo Vilhena, os resultados são gratificantes. "Procuramos levar aos internos conforto espiritual, através do qual muitos têm aceitado com interesse a Palavra de Deus e mudado de vida. Temos constatado o resultado do nosso trabalho quando estes decidem se batizar e, aqui fora, nos procuram, querendo dar continuidade ao que aprenderam enquanto reclusos", relata o pastor. Prova disso foi o que aconteceu recentemente na Unidade de Franco da Rocha, região da Grande São Paulo, quando um menor se batizou nas águas. Na oportunidade, os internos, além dos familiares, foram presenteados com um exemplar da Bíblia Sagrada. Para o diretor do complexo, Flávio de Giácomo, atitudes como essa apenas reiteram a importância do trabalho promovido pela UNIVERSAL. "A presença da Igreja, não só hoje, mas no dia-a-dia, é essencial para estabelecer um futuro melhor a todos, especialmente colaborando com o nosso trabalho, que não é fácil. É um grande prazer tê-los aqui e saber que sempre podemos contar com os pastores e voluntários da UNIVERSAL", destacou.
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