Não importa qual a razão, o seu comportamento é motivado por eventos do seu passado
Todos os dias, Ana acorda se sentindo exausta. Segue em ritmo vagaroso até a hora de voltar para casa. Suas roupas mostram uma garota que quer esconder sua beleza do mundo. É uma jovem que deveria levar vida às pessoas que a cercam. Mas não é isso que acontece, e em seu semblante é possível perceber que existe algo errado.
Ana caminha como quem carrega o peso do mundo nas costas. Sua vida parou naquele fatídico dia. Ela segue sobrevivendo. Para recuperar aquele tempo de alegria, ela se apega ao sofrimento, a sua verdade. Durante o dia luta contra as memórias e a noite chora até adormecer.
No trabalho, Ana é humilhada pela chefe por ser tão quieta. Naturalmente ao contrário da moça, Virgínia é elegante e rígida até na aparência. Ela caminha com passos firmes, fala alto e impõe sua opinião aos seus subordinados. As pessoas a temem e odeiam, visto que pisa em quem ousa cruzar seu caminho.
Seu sobrenome é trabalho, pois coloca toda a força no comando do escritório. Ao final do dia, procura mais ocupações. Voltar para casa a apavora. Ali encontrará um marido viciado em relacionamentos pela internet e um filho que só lhe dá dores de cabeça. Quando os funcionários vão embora, ela se tranca em sua sala e chora copiosamente.
Na mesa ao lado de Ana, trabalha Daniela, uma jovem espontânea e fofoqueira. Ela é a informante do escritório, sabe da vida de todos e comunica os deslizes dos colegas a chefe. Suas roupas exalam sensualidade. Ela descobriu bem jovem que assim conseguiria a atenção dos rapazes. Todos os dias, conta sobre seus diversos relacionamentos, fazendo Ana se sentir diminuída por não receber “amor” e Virgínia invejar toda essa atenção. Porém, ela omite em suas vanglórias o vazio e as lágrimas que rolam quando os rapazes vão embora antes de amanhecer.
Uma nova vida
Ana, Virgínia e Daniela são apenas símbolos de comportamentos observados nas mulheres atualmente. Apesar de parecerem diferentes, são frutos e reações da mesma raiz, a rejeição. Não importa se ocorreu na infância, adolescência, ou fase adulta. Se causado pela família, por um coração partido ou no trabalho. As feridas permanecem abertas e latejando. E pelo medo de se machucar novamente, essas mulheres levantam um muro interior que as impede de mudar e seguir em frente. Causando em outras ou a si próprias mais dores e problemas.
Mas isso só tem força até que a própria mulher dê um basta. Ela pode arrancar a raiz e ter uma nova vida. No dia 30 de junho, às 14 horas, a escritora Cristiane Cardoso realizará o encontro especial “Raízes – entendendo o seu passado, para mudar seu futuro”. A reunião será ao vivo da Av. João Dias, 1800, em São Paulo e transmitida por videoconferência para todo o Brasil. A oportunidade está aberta a todas as mulheres que decidirem deixar de ser escravas do passado
.
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário