A baixa autoestima pode causar insegurança e afetar a vida profissional, familiar e em sociedade. Saiba como reverter esse quadro
“Abaixa autoestima é provocada por uma avaliação negativa que a pessoa faz de si mesma. Muitas vezes os sentimentos vivenciados podem ser incapacitantes, impedindo que o indivíduo mostre o seu potencial. Por não acreditar em si mesmo, é comum perder oportunidades de trabalho e ter seu desempenho prejudicado”, explica a psicóloga Verônica Ribeiro.
O problema com a autoestima baixa, que afeta pessoas de todas as classes sociais, pode ter início após uma infância traumática, punições, situações estressantes, abuso, depressão, privações e o bullying - prática comum entre crianças e adolescentes na qual um deles é alvo de perseguições, piadas de mau gosto e até mesmo agressões.
Este foi o caso da atriz e cantora Demi Lovato, conhecida mundialmente pelas participações no filme “Camp Rock” e na série televisiva “Sunny entre Estrelas”, que devido aos xingamentos ouvidos na infância, enfrentou sérios problemas na juventude.
“Com 12 anos, eu sofria muito bullying, até chegar ao meu limite. Eles diziam que eu era gorda e feia. Não deveria ter escutado, mas eu guardava tudo aquilo e isso doeu bastante. Pensava que talvez nunca teria amigos”, disse a cantora, em entrevista à revista americana Seventeen.
Em função das constantes críticas recebidas pelos colegas de turma, Demi passou a ter problemas sérios como a bulimia, uma tentativa de se enquadrar aos padrões de beleza. Porém, apesar da perda de peso constante, a dor ainda a fazia se sentir inferior, e por isso, a cantora passou a se automutilar.
O ápice do sofrimento de Demi aconteceu em 2010, quando, aos 19 anos, agrediu uma de suas dançarinas durante turnê com o grupo “Jonas Brothers”. Neste momento, após os sucessivos problemas com autoestima, ela se internou numa clínica de reabilitação. “Quando finalmente saí, era como estar deixando a prisão”, desabafa Demi, que, afirma ter conseguido vencer a baixa autoestima após buscar ajuda profissional.
Causa e efeito
Assim como Demi, milhares de mulheres têm sofrido as consequências de uma autoestima baixa. Independentemente da razão, sentimentos de insegurança, incapacidade, ansiedade e frustração são sempre vivenciados por pessoas que enfrentam o problema, explica Verônica Ribeiro.
“A pessoa pode ter dificuldade nos relacionamentos afetivos e sociais, por receio de não ser aceita, acreditar não ser querida e achar-se incompreendida”, esclarece a especialista.
Durante muitos anos, a dona de casa Francicleide Medeiros, de 28 anos, sofreu com esse tipo de problema. Criada num ambiente familiar conturbado, ninguém acreditava em seu potencial, fator que a fez sair de casa muito jovem. “Por causa de tudo isso, me tornei uma pessoa impulsiva, com transtornos e alcoólatra. Andava relaxada na minha aparência para que nenhum homem me olhasse. Eu costumava fechar os olhos e falava a mim mesma: ‘Não sou forte, não sou capaz.’ Chorava dia e noite, e o álcool se tornou meu companheiro nesses momentos de dor”, recorda.
Sem jamais ter se valorizado como mulher, Francicleide conta que um momento foi decisivo para que descobrisse o seu potencial e olhasse para si mesma de forma diferente. “Eu tinha começado a buscar em Deus a solução para os traumas, quando fiquei sabendo da palestra ‘A Mulher V’. Os ensinamentos que ouvi ali foram um divisor de águas para mim. Aprendi o meu valor e tive uma visão ampla de tudo o me atingia. Saí muito feliz e hoje, graças a Deus, minha mente e pensamentos estão totalmente mudados”, assegura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário