segunda-feira, 1 de julho de 2013

Uma escolha polêmica


Abandono de valores sociais e morais tem colocado jovens em situação de risco e contribuído para aumentar os casos de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada

Mais que ídolos pop, os Jonas Brothers tornaram-se ícones mundiais de um novo comportamento da juventude: a abstinência sexual até o casamento. A ideia nasceu na década de 1990, nos Estados Unidos, com o programa “True Love Waits” (Quem ama espera) e ganhou força mundial, quando os irmãos Jonas decidiram exibir na mão direita um anel, símbolo de pureza e do voto de castidade feito pelos cantores.


O movimento ganhou a simpatia e o apoio não só dos pais, mas também de especialistas em adolescência, por resgatar valores perdidos com a revolução sexual (meados do século 20), a descoberta da pílula (1960) e a ilusão do chamado sexo seguro.


O risco da permissividade


Na contramão dos que acreditam que a virgindade é um sinal de preservação a si mesmo e do amor verdadeiro, muitos jovens têm abandonado seus valores familiares e convicções e se colocado em situações de risco em relação ao sexo.


O excesso de estímulos em algumas novelas, programas de televisão e internet, além das críticas e pressão dos colegas são apontados por eles como fatores que levam à iniciação sexual precoce e, com ela, a uma série de problemas de saúde.


Pesquisa da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo realizada com 600 jovens, por exemplo, comprova que uma em cada quatro adolescentes do sexo feminino entre 10 e 15 anos já usou pílula do dia seguinte para evitar a gravidez.


O que essas meninas ignoram é que o uso exagerado dessa pílula as expõe a várias situações de risco. “A primeira consequência é engravidar, porque a pílula do dia seguinte falha 15 vezes mais do que o anticoncepcional normal. Outro problema é a exposição a doenças como a Aids. Além disso, uma em cada quatro meninas que já tiveram relação sexual até os 15 anos tem HPV (Papilomavírus humano), vírus que pode levar ao câncer de colo do útero”, revela Albertina Duarte, coordenadora do Programa Estadual de Saúde do Adolescente.


Sistema Integrado


O sexo faz parte da natureza humana e não deve ser considerado como um sistema autônomo, independente da unidade que é o ser humano, mas, sim, integrado a essa unidade e a valores maiores como o amor verdadeiro e a família. Portanto, é preciso uma reflexão geral sobre quais são os valores que os jovens têm recebido em relação ao sexo.

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