sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Agosto, mês da superstição?

Como pensa quem tem a vida baseada em Deus?


Muitas pessoas são adeptas a crendices, mas o fato é que as superstições não têm qualquer base científica de comprovação.
E como estamos no oitavo mês do ano, vale lembrar de uma superstição bem difundida nessa época do ano, que diz que “agosto é mês do desgosto”. O YouTube, por exemplo, está repleto de vídeos elencando fatos funestos acontecidos nesse mês do ano ao longo das eras. Como exemplo, temos a Noite de São Bartolomeu, em 1572, quando dezenas de milhares de protestantes foram brutalmente mortos a mando da monarquia francesa, católica. O início das duas grandes guerras mundiais (em 1914 e 1939) também foi em agosto, assim como as bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki e o início da construção do Muro de Berlim. Só para citar alguns acontecimentos.


As superstições em relação a esse mês teria começado com os romanos, na crença de que em agosto um enorme dragão vagava pelos céus cuspindo fogo – ainda que ninguém tenha visto dragão algum. Levando-se em conta que as crenças daquele povo se apoiavam na mitologia grega e seus falsos deuses, e não no Deus Único, dá para entender esse tipo de temor.
Em Portugal, pelo fato de as grandes expedições marítimas saírem em agosto por causa do bom tempo do verão do Hemisfério Norte, as mulheres acreditavam que casar nessa época era ruim –não devia ser uma boa ideia casar-se com um homem que poderia sair sem saber quando voltaria, se voltasse.
Contudo, crendices não são exclusividade dos antigos. Ainda hoje, agosto não é bem visto por muitos. Na Argentina, por exemplo, por mais que pareça irracional, corre que lavar a cabeça nesse mês atrai a morte. No Brasil, criou-se a ideia do “mês do cachorro louco”, que dissemina a crença de que os canídeos são atacados pela hidrofobia (a raiva) nessa época. Mas ela também pode ocorrer em outros meses.
Haveria então lógica em se precaver sobre coisas ruins no mês de agosto? Sim e não. Se alguém já se levanta da cama esperando desgraças, inconscientemente dirige a sua atenção a acontecimentos tristes e fatos desagradáveis, isso em agosto ou em qualquer outro mês. Além disso, nem todos os povos seguem o calendário gregoriano, e nem por isso elegeram um “mês do azar”. Da mesma forma, ficar mais atento a pessoas e coisas boas já torna o dia bem melhor.
O Senhor Jesus já nos precavia: “Vigiai, pois, em todo o tempo” (Lucas 21:36). A qualquer momento, algo bom ou ruim pode acontecer – inclusive o que está previsto em Apocalipse. O que faz diferença é se estamos preparados.
Não há nada na Bíblia falando bem ou mal deste ou daquele mês, seja de que calendário for. Quem vive em Deus não olha datas com medo ou pessimismo. E Deus, o criador do próprio tempo, não depende de calendários.

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